quinta-feira, 1 de outubro de 2009

http://www.youtube.com/watch?v=y3yjSsXENIg
Jovens mudam a realidade
Com ações positivas, trocam a violência pela harmonia
17/09/09 - 18:12
Como você já viu na reclamação dos moradores a praça realmente está cheia de problemas. Mesmo assim, todos os dias depois que faz o dever de casa, o estudante, Pedro Gabriel Cavalcante, corre para jogar bola com os amigos. “De tarde e de manhã. De noite eu venho quando tem treino”, diz ele.
É o ponto de encontro da juventude para jogar, bater papo e claro dar aquela paquerada! “Quando aparece alguma gata aqui a gente paquera”, diz Ariel Bezerra, de 13 anos.
Os adultos conhecem o local como a Praça do Chafariz. Mas entre os jovens ela é lembrada como a da “CDM”. Uma gangue que sempre se encontrava por lá.
Na verdade, o nome da praça é Robson de Souza. Um jovem assassinado que morava nesta casa. A mãe, Maria Correia, lembra quando um vereador amigo do rapaz resolveu colocar o nome do filho no espaço. A placa de bronze com a homenagem foi roubada, mas a memória de Robson vai ficar sempre com a mãe. “Achava que ele merecia. Eu nunca vou esquecer”, diz Maria.
Hoje, José, conhecido como “Fofo”, é coordenador do movimento de Hip Hop MH2O, mas na década de 90 ele participava da “CDM”. Lembra que a diversão da turma era ir paro baile funk. “Em princípio era para namorar, então começaram as brigas. Uns cinco ou seis morreram”, diz Fofo.
Na época, gangues rivais viviam em guerra nas ruas, nos bailes e na praça. Depois da morte de alguns amigos, os jovens perceberam que o movimento tinha que acabar.
A violência das gangues faz parte da história do bairro. Mas hoje isso é bem diferente. Até antigos rivais se encontram amigavelmente na praça. Muitos mudaram de vida. Trabalham, estudam e têm até o próprio negócio. “Ap artir do fim dessas gangues que tinha aqui, apareceu uma porção de movimentos sociais. Esse foi a maior vitória da maturidade da galera”, diz Fofo.
Mas o clima de competição ainda existe! Só que agora de uma forma mais divertida: ao som do Swing. “Nós fazemos disputas entre vários festivais, competimos muito”, diz Samuel de Oliveira.
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Erporte e dança melhoraram a vida de todo o bairro